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quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Solidéu: Somente para Deus

Solidéu: Somente para Deus


Assistam os vídeos deste canal do "Youtube" "Católicos com muito orgulho" que também tem um blog.
Apesar de não conhecer seu criador é um ótimo blog que faz um ótimo trabalho de evangelização.

Assistam também este vídeo deste canal Católico com muito orgulho muito bem feito por ele:

http://www.youtube.com/watch?v=CmO2knsuktA&list=UUeLfwG_U9QpS9b-sCgmnzqA


Blog: http://cesarjhs.blogspot.com.br/
Canal no "Youtube" : http://www.youtube.com/user/cesarjmj?feature=watch

sábado, 9 de novembro de 2013

Como os santos ouvem nossas orações?

Como os santos ouvem nossas orações?

A espada e a paz

A espada e a paz

Afinal, Santo Tomás de Aquino está ultrapassado?

Afinal, Santo Tomás de Aquino está ultrapassado?

Qual é a origem do celibato sacerdotal?

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O que é o sacerdócio?

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O que são as Alfaias Litúrgicas?

O que são as Alfaias Litúrgicas?  

Vida de Sao Tarcisio Coroinha Acolito Monaguillo

Vida de Sao Tarcisio Coroinha Acolito Monaguillo

São Francisco Xavier

São Francisco Xavier  

Por que a mulher não pode ser sacerdote?

Por que a mulher não pode ser sacerdote?  


A vestição dos paramentos litúrgicos e as respectivas orações

    A vestição dos paramentos litúrgicos e as respectivas orações
 
1. Breve revisão histórica
As roupas utilizadas pelos ministros sagrados nas celebrações litúrgicas são derivadas das vestimentas gregas e romanas. Nos primeiros séculos, a forma de vestir das pessoas de uma determinada classe social (os honestiores) foi também adotada para o culto cristão, e esta prática foi mantida na Igreja, mesmo após a paz de Constantino. Como contado por alguns escritores eclesiásticos, os ministros sagrados usavam suas melhores roupas, provavelmente reservadas para a ocasião [1].
Enquanto que na antiguidade cristã as vestimentas litúrgicas diferiam das de uso cotidiano não pela forma particular, mas apenas pela qualidade dos tecidos e decoração particular, no curso das invasões bárbaras, os costumes, e com eles também a forma de vestir dos novos povos, foram introduzidos no Ocidente, levando a mudanças na moda profana. A Igreja, ao contrário, manteve essencialmente inalteradas as roupas usadas pelos sacerdotes nos cultos públicos; foi assim que as vestimentas de uso cotidiano acabaram por se diferenciar das de uso litúrgico. Na época carolíngia, finalmente, os paramentos próprios de cada grau do sacramento da ordem foram definitivamente definidos, assumindo a aparência que conhecemos hoje.
2. Função e significado espiritual
Além das circunstâncias históricas, os paramentos sacros têm uma função importante nas celebrações litúrgicas: primeiramente, o fato deles não serem usados no cotidiano, tendo assim um caráter cultual, ajuda-nos a romper com o cotidiano e suas preocupações, no momento da celebração do culto divino. Além disso, as formas largas das vestimentas, como por exemplo da casula, põem em segundo plano a individualidade de quem as veste, enfatizando seu papel litúrgico. Pode-se dizer que a “ocultação” do corpo do ministro sob as vestes, em certo sentido, despersonaliza-o, removendo o ministro celebrante do centro, para revelar o verdadeiro Protagonista da ação litúrgica: Cristo. A forma das vestes, portanto, lembra-nos que a liturgia é celebrada in persona Christi, e não em próprio nome.
Aquele que exerce uma função de culto não atua como indivíduo por si mesmo, mas como ministro da Igreja e como instrumento nas mãos de Jesus Cristo. O caráter sagrado dos paramentos provém também do fato de que são vestidos conforme prescreve o Ritual Romano.
Na forma extraordinária do Rito Romano (de São Pio V), a vestidura dos paramentos litúrgicos é acompanhada por orações relativas a cada veste, orações cujo texto ainda pode ser encontrado em muitas sacristias. Ainda que estas orações não sejam mais prescritas (mas nem tampouco proibidas) da forma ordinária do Missal emitido por Paulo VI, seu uso é aconselhável, uma vez que ajudam nas preparações e no recolhimento do sacerdote antes da celebração do Sacrifício Eucarístico.
Para confirmar a utilidade destas orações, note-se que elas foram incluídas no Compendium Eucharisticum, recentemente publicado pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos [2]. Além disso, pode ser útil lembrar que Pio XII, por decreto de 14 de janeiro de 1940, concedeu uma indulgência de cem dias para cada oração.
3. As vestimentas litúrgicas individuais e as orações que acompanham sua vestidura
1) No início da preparação, o sacerdote lava as mãos, recitando uma oração especial; além da questão de higiene, este ato tem também um significado simbólico profundo, representando a passagem do profano ao sagrado, do mundo do pecado para o puro Santuário do Altíssimo. Lavar as mãos equivale, de certa forma, a retirar as sandálias diante da sarça ardente (Êxodo 3:5). A oração se refere a esta dimensão espiritual:
Da, Domine, virtutem manibus meis ad abstergendam omnem maculam; ut sine pollutione mentis et corporis valeam tibi servire.
(Dai às minhas mãos, Senhor, o poder de apagar toda mácula: para que eu vos possa servir sem mácula do corpo e da alma) - (Da’, o Signore, alle mie mani la virtù che ne cancelli ogni macchia: perché io ti possa servire senza macchia dell’anima e del corpo) [3].
À lavagem das mãos se segue a vestidura propriamente dita.
2) Inicia-se com o amito, um pano retangular de linho dotado de duas fitas, que repousa sobre os ombros junto ao pescoço. O amito destina-se a cobrir, ao redor do pescoço, a vestimenta utilizada diariamente, ainda que se trate do hábito do sacerdote. Nesse sentido, é preciso lembrar que o amito também é usado quando se está vestido com roupas de estilo moderno, que muitas vezes não apresentam uma grande abertura em torno do pescoço. De qualquer forma, portanto, as roupas comuns permanecem visíveis e por isso é preciso cobri-las também, nestes casos, com o amito [4].
No Rito Romano, o amito é vestido antes da alva (túnica). Ao vesti-lo, o sacerdote recita a seguinte oração:
Impone, Domine, capiti meo galeam salutis, ad expugnandos diabolicos incursus.
(Colocai, Senhor, na minha cabeça o elmo da salvação para que possa repelir os golpes de Satanás) - (Imponi, Signore, sul mio capo l’elmo della salvezza, per sconfiggere gli assalti diabolici).
Com referência à carta de São Paulo aos Efésios 6.17, o amito é interpretado como "o elmo da salvação”, que deve proteger o portador das tentações do demônio, em especial de pensamentos e desejos malévolos durante a celebração litúrgica. Este simbolismo é ainda mais evidente no costume seguido desde a Idade Média pelos monges beneditinos, franciscanos e dominicanos, entre os quais o amito era posicionado sobre a cabeça e deixado recair sobre a casula ou a dalmática.
3) A alva consiste na veste longa e branca utilizada por todos os ministros sagrados, e que representa a nova veste imaculada que todo cristão recebe mediante o batismo. A alva é portanto um símbolo da graça santificante recebida no primeiro sacramento, e é considerada também um símbolo da pureza de coração necessária para o ingresso na graça eterna da contemplação de Deus no céu (cf. Mateus 5:8). Isso é expresso na oração recitada pelo sacerdote enquanto veste a peça, oração que se refere ao Apocalipse 7,14:
Dealba me, Domine, et munda cor meum; ut, in sanguine Agni dealbatus, gaudiis perfruar sempiternis.
(Revesti-me, Senhor, com a túnica de pureza, e limpai o meu coração, para que, banhado no Sangue do Cordeiro, mereça gozar das alegrias eternas) - (Purificami, Signore, e monda il mio cuore, perché purificato nel Sangue dell’Agnello, io goda degli eterni gaudi).
4) Sobre as vestes, na altura da cintura, é colocado o cíngulo, um cordão de lã ou outro material apropriado, que é usado como cinto.
Todos os oficiantes que portam a alva devem também portar o cíngulo (esta prática tradicional é hoje frequentemente ignorada) [5].
Para diáconos, sacerdotes e bispos, o cíngulo pode ser de cores diferentes, de acordo com o tempo litúrgico ou a memória do dia. No simbolismo das vestes litúrgicas, o cíngulo representa a virtude do auto-controle, que São Paulo enumera entre os frutos do Espírito (cf. Gálatas 5:22). A oração correspondente, como na Primeira Carta de Pedro 1,13, diz:
Praecinge me, Domine, cingulo puritatis, et exstingue in lumbis meis humorem libidinis; ut maneat in me virtus continentiae et castitatis.
(Cingi-me, Senhor, com o cíngulo da pureza, e extingui nos meus rins o fogo da paixão, para que resida em mim a virtude da continência e da castidade) - (Cingimi, Signore, con il cingolo della purezza e prosciuga nel mio corpo la linfa della dissolutezza, affinché rimanga in me la virtù della continenza e della castità).
5) O manípulo é um paramento litúrgico usado nas celebrações da Santa Missa segundo a forma extraordinária do Rito Romano; caiu em desuso nos anos da reforma litúrgica, embora não tenha sido abolido. É semelhante à estola, mas de menor comprimento, inferior a um metro, e é fixado por meio de presilhas ou fitas como as da casula. Durante a Santa Missa em sua forma extraordinária, o celebrante, o diácono e subdiácono o portam sobre o antebraço esquerdo. É possível que este paramento derive de um lenço (mappula) utilizado pelos romanos amarrado ao braço esquerdo. Uma vez que era utilizado para enxugar as lágrimas e o suor da face, escritores eclesiásticos medievais atribuíram ao manípulo um simbolismo associado às fadigas do sacerdócio. Esta leitura também está presente na oração de sua vestidura:
Merear, Domine, portare manipulum fletus et doloris; ut cum exsultatione recipiam mercedem laboris.
(Fazei, Senhor, que mereça trazer o manípulo do pranto e da dor, para que receba com alegria a recompensa do meu trabalho) - (O Signore, che io meriti di portare il manipolo del pianto e del dolore, affinché riceva con gioia il compenso del mio lavoro).
Como se vê, no início da oração mencionam-se as lágrimas e a dor que acompanham o ministério sacerdotal, mas a segunda parte do texto refere-se aos frutos do próprio trabalho. Não será fora de propósito recordar a passagem de um salmo que pode ter inspirado esta segunda simbologia referente ao manípulo, visto que a Vulgata assim apresentava o Salmo 125,5-6: " Qui seminant in lacrimis inexultatione metent; euntes ibant et flebant portantes semina sua, venientes autem venient inexultatione portantes manipulos suos" (grifo nosso).
6) A estola é o elemento distintivo de um ministro ordenado e é sempre usada na celebração dos sacramentos e sacramentais. É uma faixa de tecido, em geral bordado, cuja cor varia de acordo com o tempo litúrgico ou o dia santo. Ao vesti-la, o sacerdote recita a seguinte oração:
Redde mihi, Domine, stolam immortalitatis, quam perdidi in praevaricatione primi parentis; et, quamvis indignus accedo ad tuum sacrum mysterium, merear tamen gaudium sempiternum.
(Restitui-me, Senhor, a estola da imortalidade, que perdi na prevaricação do primeiro pai, e, ainda que não seja digno de me abeirar dos Vossos sagrados mistérios, fazei que mereça alcançar as alegrias eternas) - (Restituiscimi, o Signore, la stola dell’immortalità, che persi a causa del peccato del primo padre; e per quanto accedo indegno al tuo sacro mistero, che io raggiunga ugualmente la gioia senza fine).
Dado que a estola é um paramento de suma importância, indicando mais do que qualquer outro a condição de ministro ordenado, não se pode deixar de lamentar o abuso, já largamente difundido, por parte de alguns sacerdotes, que não a usam em conjunto com a casula [6].
7) Finalmente, veste-se a casula ou planeta, a vestimenta característica daqueles que celebram a Santa Missa. Os livros litúrgicos usavam as duas palavras, em latim casula e planeta, como sinônimos. Enquanto o nome planeta foi usado em particular em Roma e acabou por permanecer na Itália, o nome casula deriva da forma típica da vestimenta, que originalmente circundava todo o corpo do ministro sagrado que a portava. O uso da palavra “casula” também é encontrado em outros idiomas: "Casulla”, em espanhol, “Chasuble” em francês e em Inglês, "Kasel" em alemão. Oração para vestidura da casula remete ao convite de Colossenses 3:14: “Sobretudo, revesti-vos do amor, que une a todos na perfeição”. E, de fato, a oração com a qual se veste a casula cita as palavras do Senhor contidas em Mateus 11,30:
Domine, qui dixisti: Iugum meum suave est, et onus meum leve: fac, ut istud portare sic valeam, quod consequar tuam gratiam. Amen.
(Senhor, que dissestes: O meu jugo é suave e o meu peso é leve, fazei que o suporte de maneira a alcançar a Vossa graça. Amém) - (O Signore, che hai detto: Il mio gioco è soave e il mio carico è leggero: fa’ che io possa portare questo [indumento sacerdotale] in modo da conseguire la tua grazia. Amen).
Em conclusão, espera-se que a redescoberta do simbolismo associado aos paramentos e suas orações incentive os sacerdotes a retomar a prática da oração durante a vestição, de modo a se preparar com o devido recolhimento à celebração litúrgica. Se é verdade que é possível rezar com diferentes orações, ou ainda simplesmente elevando a mente a Deus, por outro lado, os textos da oração de vestição trazem a brevidade, a precisão de linguagem, a inspiração da espiritualidade bíblica e o fato de que são rezados pelos séculos por um número incontável de ministros sagrados. Estas orações são recomendadas ainda hoje, para a preparação da celebração litúrgica, e também realizadas de acordo com a forma ordinária do Rito Romano.
 
Origem: vatican.va

Bento: O Defensor da Verdade

Bento: O Defensor da Verdade
 


Foi humano e soube quando não podia mais. Deus lhe deu a liberdade de escolher, e ele assim o fez! A Igreja tem uma eterna divida com os serviços que o Santo Padre Bento XVI prestou durante anos a ela. Enquanto radicais viam em sua figura um inquisidor, nós víamos um homem frágil, que era simplesmente humano, que queria colocar ordem para que a Igreja chegasse perto da perfeição. 



Que roupa não devemos usar para ir à missa?

Que roupa não devemos usar para ir à missa?  


HOMÍLIA DO DIA 09/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO DIA 09/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM


Queremos assumir que vamos à igreja para nos encontrarmos com o Pai. E o encontro com Ele deve ser a coisa mais importante.
“O zelo por tua casa me consumirá” (Jo 2,17).
Hoje, celebramos a dedicação à Basílica de São João de Latrão. Em Roma existem quatro basílicas papais; a mais conhecida é a de São Pedro, mas temos a Basílica de Santa Maria, a maior; a Basílica de São Paulo fora dos muros e aquela que foi a primeira igreja construída em Roma, onde era a sede da Igreja. Esta, tida como a Catedral de Roma, é chamada de São João de Latrão, dedicada à glória de Deus, ao culto d’Ele; ao mesmo tempo, representa o governo da Igreja, sua sede edificada sobre Pedro.

Meus irmãos, celebrar um culto à Igreja é, antes de tudo, reconhecer o templo, o local da celebração como lugar da presença de Deus. Uma vez que nós celebramos a igreja mãe, que está em Roma, celebramos as igrejas que estão no mundo inteiro. Quando celebramos a Catedral de Roma, estamos celebrando aquela que é a mãe de todas as igrejas.

Nós podemos fazer a seguinte pergunta: para que serve um templo, uma basílica, uma catedral, uma igreja? Para o culto a Deus, para que neste lugar o nome d’Ele seja exaltado, louvado, glorificado, adorado acima de qualquer outra coisa. 

Nós nos enganamos quando vamos à igreja simplesmente para pedir favores a Deus ou para nos encontrarmos com as pessoas. A igreja é lugar do nosso encontro com o Senhor, onde Ele se faz presente de forma mais excelente e eficaz. A igreja é o lugar da morada do Senhor. Que respeito, que zelo devemos ter para com a casa do Pai! 
Infelizmente, meus irmãos, aquilo que os mercadores fizeram com o templo nós também fazemos com a casa de Deus. Sim, dentro de um templo há muita conversa, muita bagunça. Às vezes, não conseguimos sequer rezar, porque é conversa para lá e para cá, é um festival de vaidades, roupas, cabelos… Fazem da casa do Senhor uma passarela.

Quando celebramos a Igreja, que é a mãe de todas as igrejas, nós queremos assumir aquilo que Jesus fez, ou seja, expulsar da casa de Deus aquilo que não é d’Ele e assumir todo zelo pela casa do Senhor. Assumir que vamos à igreja para nos encontrarmos com o Pai. E o encontro com Ele deve ser a coisa mais importante quando nos dirigimos a casa do Senhor.
Deus abençoe você!
 

HOMÍLIA DO DIA 06/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO DIA 06/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM


O amor deve ser o compromisso principal da nossa vida, deve ser o empenho que move as forças do nosso coração e da nossa alma.
“Irmãos, não ficais devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo – pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei” (Rm 13,8).

Queridos irmãos e irmãs, a liturgia de hoje nos convida a duas realidades. A primeira é a realidade do amor; a segunda, do desapego para ser livre para o Reino de Deus. É possível vivermos as duas coisas? É possível e precisamos vivê-las intensamente. Não podemos negar nem dever nosso amor a ninguém; aliás, é uma dívida que nós sempre teremos uns para com os outros, porque se nós amamos, ainda não amamos o bastante. Precisamos amar com mais intensidade o nosso próximo.
Essa deve ser a nossa única dívida, a qual devemos, a cada dia, nos empenharmos em saldá-la. Saldar aquelas dívidas que nós temos de atenção para com o outro – alguém que precisamos visitar, que precisamos perdoar, nos fazer presente na vida dessa outra pessoa. Como precisamos viver com intensidade esse amor ao próximo, esse amor ao irmão!

O amor deve ser o compromisso principal da nossa vida, deve ser o empenho que move as forças do nosso coração e da nossa alma. Mas para que possamos viver a intensidade desse amor, devemos amar a Deus acima de todas as coisas. Se alguém quer amar o Senhor, mas ama seu pai, sua mãe, sua esposa, seus filhos e até a sua própria vida mais do que ama a Deus, não pode se tornar discípulo do Senhor.

Nós perguntamos assim: Precisamos deixar de amar os nossos? Não. É o contrário. Nós temos é que aprender amar os nossos com amores que vem do coração de Deus. Então, precisamos, primeiro, renunciar esse amor pegajoso, o qual, muitas vezes, nos mantêm dependentes demais uns dos outros e não nos permite crescer. Temos de nos encher do amor de Deus, porque quando amamos o próximo – nosso pai, nossa mãe, amamos aqueles que Deus colocou em nossa vida. Com esse amor que vem do Senhor, amamos com mais intensidade, com mais verdade, com mais caridade. Esse amor não será tão doentio, não nos deixará escravos, não nos deixará tão dependente.
É verdade que precisamos nos dedicar para cuidar dos nossos. A mulher tem que amar intensamente o seu marido e vice-versa, os pais têm que amar seus filhos e estes amar seus pais, e nós temos de nos amar uns aos outros, cada um na sua medida e proporção. A mulher não pode nunca deixar de cuidar da sua casa, do seu marido; e o marido não pode trocar nenhum outro amor pelo amor da sua esposa, pois este amor é sacramentado em Deus.

Pai, mãe, vocês amarão melhor, terão forças para amar o seu companheiro ou a sua companheira com esse amor que vem do coração de Deus, porque o amor humano é muito limitado, se machuca com muita facilidade, rompe-se com certa banalidade. Mas quando nos enchemos, nos preenchemos com o amor que vem do coração de Deus, o nosso amor se torna mais intenso, mais vivo e mais autêntico.
Que nós hoje nos enchamos do amor de Deus para nos amarmos uns aos outros.

Deus abençoe você!

HOMÍLIA DO DIA 05/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO DIA 05/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM


Que nós hoje possamos refletir: “Qual uso nós fazemos do nosso tempo e que tempo disponibilizamos para o próximo e para as coisas de Deus?”.
“Mas todos, um a um, começaram a dar desculpas. O primeiro disse: ‘Comprei um campo, e preciso ir vê-lo. Peço-te que aceites minhas desculpas’” (Lc 14,18).

Queridos irmãos e irmãs, no dia de hoje, a Palavra está falando sobre o grande banquete que foi preparado pelo Mestre, para o qual somos convidados.
Esse banquete Jesus compara com aquele na qual o empregado vai chamar os convidados, porque tudo está pronto, mas cada um dá uma desculpa, cada um inventa uma coisa diferente. Todo mundo está muito ocupado, muito atarefado, cheio de compromissos e responsabilidades. Muitas vezes, nós também não temos tempo para atender o convite, o chamado que Deus nos faz para participarmos do Seu banquete.

A Palavra do Senhor quer nos levar a refletir sobre qual é o uso que nós fazemos do nosso tempo, como o preenchemos. Vivemos no mundo da correria, da histeria coletiva, onde as pessoas estão demasiadamente ocupadas, estressadas, compromissadas, de modo que não têm tempo.
“Não tenho tempo, não posso.” Essa é a desculpa que mais escutamos quando precisamos de alguém para isso ou para aquilo. Também é a desculpa que as pessoas mais dão para Deus, para não participar das coisas do Senhor.

As pessoas não têm tempo para a oração, para falar com Deus, para escutá-Lo, pois estão demasiadamente ocupadas com as suas coisas. Sei que todo mundo trabalha, tem compromissos, responsabilidades, mas quando as pessoas não têm tempo para o outro nem para Deus, é porque estão demasiadamente ocupadas consigo mesmas.

Por mais que aquilo que você faça seja para sua casa, para sua família, elas não adiantam se você não tiver tempo para conviver com os seus, para escutá-los, dialogar com eles. Não adianta dizer que você é bom, que tem Deus no coração se você não tem tempo para preencher o seu coração com o Senhor.

A mais terrível de todas as desculpas é alguém dizer que não têm tempo para ir à Missa Dominical ou arrumar um outro compromisso no dia da Celebração Eucarística, no dia do grande banquete para o qual somos convidados pelo Senhor a participarmos.

Muitas vezes, quando olhamos para nossas pastorais, para os nossos grupos de Igreja, eles são assumidos sempre pelas mesmas pessoas. Mas por que são sempre essas pessoas que os assumem? Porque aqueles que Deus chamou – eu ou você – estão demasiadamente ocupados. Nós temos tempo para criticar, falar e cobrar, mas para colocar a mão na massa e assumir compromisso com o Reino de Deus são poucos. E é com esse pouco, que muitas vezes chamamos de desqualificados, que Deus pode contar, porque os que se acham qualificados e podem fazer melhor não colocam a mão na massa.

Que nós hoje possamos refletir: “Qual uso nós fazemos do nosso tempo e que tempo disponibilizamos para o próximo e para as coisas de Deus?”.

Deus abençoe você neste dia!

HOMÍLIA DO DIA 04/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO DIA 04/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM


A gratuidade é a marca do coração daqueles que servem a Deus com pureza de coração. É fazer uma coisa sem esperar que, com isso, possa ter algo em troca.

“Pelo contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir” (Lc 14,13-14a).

A Palavra de Deus ao nosso coração é para refletirmos o sentido da gratuidade na vida de um cristão, na vida de um homem, de uma mulher que buscam viver a vontade do Senhor. A gratuidade é é viver e fazer as coisas sem esperar nada em troca: recompensa, elogio, reconhecimento, valorização. 

Meus irmãos, as relações que estabelecemos uns com os outros são marcadas por essa mentalidade mercantilista, capitalista, do “é dando que se recebe”, “eu faço isso para receber aquilo”. E a pergunta que alguém sempre lhe faz é: “O que eu ganho com isso? O que eu levo em troca?”.

Essa mentalidade nós levamos para nossa relação com Deus: “Eu faço isso, para Deus me dar aquilo”, “Eu vou fazer desta forma para receber o dobro do Senhor”. Às vezes, as pessoas querem fazer um negócio com Deus, querem ser reconhecidas, recompensadas pelas orações que fazem, pelos sacrifícios que fizeram, pelos esforços. “Deus tem que me recompensar! Deus tem que me dar o dobro!”.

Não, meus irmãos! A gratuidade é a marca do coração daqueles que servem o Senhor com pureza de coração. E na nossa relação uns com os outros precisamos aprender a fazer assim também! Não faça as coisas, não faça “banquetes” – no bom sentido da palavra! – para ser chamado e reconhecido pelos outros.

Busque fazer a sua caridade, busque viver com intensidade o seu gesto de amor para com o outro sem esperar nenhuma retribuição, sem aquele coração que, de repente, diz assim: “Eu só dei! E o que foi que recebi?”. Se você dá algo a alguém, se você quer fazer algo em favor de alguém, que nunca seja esperando algo em troca, porque senão você já perdeu todo o sentido da caridade, foi um comércio aquilo que você fez, um negócio.

Negócios são assim: você faz para receber. Amor não! Amor ao próximo, amor caridade, amor evangélico nós fazemos sem esperar nada em troca.
Deus abençoe você!

HOMÍLIA DO DIA 03/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO DIA 03/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

Busquemos a santidade como nosso compromisso de vida e celebremos todos os nossos amigos santos.
“Bem-aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus” (Mt 5,3).
Com muito amor e com muita alegria celebramos, hoje, o “Dia de Todos os Santos”. Ontem, celebramos a Igreja padecente no purgatório; hoje, celebramos a Igreja triunfante, daqueles que já participam da glória feliz de Deus por toda a eternidade.
 A “Festa de Todos os Santos” tem uma particularidade muito especial para nós. Existe no Céu uma multidão numerosa de homens e mulheres que adoram a Deus sem cessar, face a face: é a multidão dos homens e das mulheres que viveram aqui nesta terra e levaram uma vida de acordo com a vontade do Senhor. Esses já são santos, já participam da beatitude, da felicidade suprema junto de Deus, ainda que não tenham sido nem venham a ser canonizados, porque a Igreja não canoniza todas as pessoas.

Aqueles que nós chamamos de santos, aqueles que são canonizados, são para nós referenciais de vida, porque viveram a santidade de forma extraordinária, mas o Céu tem uma multidão “mil vezes maior” do que aquela lista de santos que todos nós conhecemos na Igreja.
O nosso avô, a nossa avó, talvez nosso pai e nossa mãe, parentes, amigos, pessoas que nós conhecemos, que viveram uma vida de acordo com a vontade de Deus, eles já estão no Céu. Hoje, nós estamos celebrando todos os santos, e desejamos, um dia, fazer parte dessa grande multidão em festa, em júbilo, participantes da alegria celeste do Senhor.

Temos de corresponder a esse convite para vivermos na santidade. É um compromisso de vida! A santidade é o passaporte que nos permite entrar no Céu, ela abre todas as portas do coração de Deus. Santidade é ter uma vida correta, justa, honesta, é viver mergulhado em Deus, praticando a vontade d’Ele com tudo aquilo que vivemos. Ela manifesta-se na pobreza do Espírito, na aflição da alma, na mansidão do coração, na pureza, na misericórdia. Santidade é promover a paz e saber sofrer por amor a Deus e ao Seu Reino.
Busquemos a santidade como nosso compromisso de vida e celebremos todos os nossos amigos santos, toda essa legião de homens e mulheres que estão fazendo parte do coro celeste.

Todos os santos e santas de Deus, rogai por nós!

HOMÍLIA DO DIA 02/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO DIA 02/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM


O dia de hoje nos convida a refletirmos sobre o sentido que damos à nossa vida. Para que caminhamos nesta terra?

“Então Jesus disse: ‘Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. E todo aquele que vive e crê em mim não morrerá jamais’” (Jo 11,25-26).

Hoje, todos nós acordamos com o nosso coração saudoso, lembrando de todos aqueles nossos entes queridos que faleceram, que já partiram para a eternidade. Faz parte da nossa obrigação cristã, do nosso compromisso cristão, ir à Missa, ao cemitério e rezarmos em nossa oração particular por nossos irmãos que já faleceram, que já partiram para outra vida.

É um dever de caridade, mas, acima de tudo, é um gesto de amor orarmos pelas almas que precisam e necessitam da nossa oração. A verdade é que o dia de hoje nos convida a refletirmos sobre o sentido que damos à nossa existência. Para que caminhamos aqui nesta terra? Nós não temos morada permanente aqui embaixo; nascemos para a eternidade. Aqui, nós apenas estamos em busca de um bem maior que nos espera no Céu.

Na verdade, para aqueles que olham para a sua vida material, a morte é uma tristeza, uma calamidade. Mas para nós que cremos, ela é a porta de abertura para a eternidade, é o nosso encontro definitivo com Deus, nosso Pai.

No dia de hoje, não devemos apenas visitar nossos mortos no cemitério e termos saudades de quem já se foi, mas refletirmos sobre a nossa própria vida. Eu vivo buscando as coisas do Alto? Eu tenho esperança nos bens celestes ou vivo a minha vida só para esta terra? O sentido da minha vida está só no tempo presente, nas coisas que eu vivo aqui neste mundo? Nós não podemos perder o sentido de eternidade, nós não podemos nos esquecer de que fomos feitos para o Céu, para vivermos para sempre junto de Deus.

Então, por mais que bata a dor da saudade, por mais que qualquer partida deixe um vazio em nosso coração, esse é preenchido pela chama da esperança, da Ressurreição, da vida gloriosa que o Senhor mesmo nos prometeu. A Ressurreição do Senhor deve ser a luz que conduz os nossos passos, a chama acesa em nosso coração.

O nosso Deus não é o Deus da morte, mas da vida! E o que nós esperamos é também um dia participarmos da eternidade feliz junto d’Ele.

Que as almas de todos os fiéis do purgatório, dos nossos entes queridos, de todos aqueles que já partiram, gozem da presença eterna do Pai.

Deus abençoe você!

Dia e todos os santos

Dia e todos os santos

Ap 7,2-4.9-14
Sl 23
1Jo 3,1-3
Mt 5,1-22

Hoje, a Igreja volta seu olhar e seu coração para o céu e enche-se de alegria ao contemplar uma multidão que participa da glória e da plenitude do Deus Santo.
A nossa fé nos ensina que somente Deus é Santo. Na Bíblia, “santo” significa, literalmente, “separado”. Deus é aquele que é separado, absolutamente diferente de tudo quanto exista no céu e na terra: Ele é único, Ele é absoluto, Ele sozinho se basta, sozinho é pleno, sozinho é infinitamente feliz. Ele é Deus! Por isso, Santo, em sentido absoluto, é somente o Deus uno e trino, Pai, Filho e Espírito Santo. A Jesus, o Filho eterno feito homem, nós proclamamos em cada missa: “Só vós sois o Santo”; ao Pai nós dizemos: “Na verdade, ó Pai, vós sois Santo e fonte de toda santidade”; ao Espírito nós chamamos de Santo.
Mas, a nossa fé também nos ensina que este Deus santo e pleno, dobra-se carinhosamente sobre a humanidade – sobre cada um de nós – para nos dar a sua própria vida, para nos fazer participantes de sua própria plenitude, sua própria santidade. Foi assim que o Pai, cheio de imenso amor, enviou-nos seu Filho único até nós, e este, morto e ressuscitado, infundiu no mais íntimo de nós e de toda a Igreja o seu Espírito de santidade. Eis, quanta misericórdia: Deus, o único Santo, nos santifica pelo Filho no Espírito: “Vede que grande presente de amor o Pai nos deu: sermos chamados filhos de Deus! E nós o somos!” É isto a santidade para nós: participar da vida do próprio Deus, sermos separados, consagrados por ele e para ele desde o nosso Batismo, para vivermos sua própria vida, vida de filhos no Filho Jesus! É assim que todo cristão é um santificado, um separado para Deus. Mas, esta santidade que já possuímos deve, contudo, aparecer no nosso modo de viver, nas nossas ações e atitudes. E o modelo de toda santidade é Jesus, o Bem-aventurado. Ele, o Filho, foi totalmente aberto para o Pai no Espírito Santo e, por isso, foi totalmente pobre, totalmente manso, totalmente puro e abandonado a Deus no pranto, na fome de justiça e na misericórdia. Então, ser santo, é ser como Jesus, deixando-se guiar e transformar pelo seu Espírito em direção ao Pai. Esta santidade é um processo que dura a vida toda e somente será pleno na glória. São João nos fala disso na segunda leitura de hoje: “Quando Cristo se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é”.
Nesta perspectiva, podemos contemplar a estupenda leitura do Apocalipse que escutamos como primeira leitura. O que se vê aí? Uma multidão. Primeiro, cento e quarenta e quatro mil de todas as tribos de Israel. Isto simboliza todo o Israel. Recordemos: 12 é o número do Povo do Antigo Testamento. Pois bem, cento e quarenta e quatro mil equivale a 12 x 12 x 1000, isto é, à totalidade de Israel. Deus não se cansou de chamar o povo da antiga aliança: Israel haverá de ser salvo pelo sangue de Cristo. Mas, há ainda mais: “Depois disso, vi uma multidão imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, e que ninguém podia contar. Estavam de pé diante do trono e do Cordeiro”. Essa multidão são todos os povos da terra, chamados por Cristo, na Igreja, para a salvação, para a santificação que Deus nos oferece. Notemos bem: “uma multidão que ninguém podia contar”.A salvação é para todos, a santidade não é para um grupinho de eleitos, para uma elite espiritual. Todos são chamados a essa vida divina que Deus quer partilhar conosco, todos são chamados à santidade! “Trajavam vestes brancas e traziam palmas nas mãos. São os que vieram da grande tribulação e lavaram e alvejaram suas vestes no sangue do Cordeiro”. Eis quem são os santos: aqueles que atravessaram as lutas desta vida, as tribulações desta nossa pobre existência, unidos a Cristo; são os que venceram em Cristo – por isso trazem a palma da vitória; são os que não tiveram medo de viver e, se caíram, se erraram, foram, humildemente, lavando e alvejando suas vestes no sangue precioso de Cristo: são santos não com sua própria santidade, mas com a santidade do Cristo-Deus. Nunca esqueçamos: ninguém é santo com suas forças, ninguém é santo por sua própria santidade: só em Cristo somos santificados, pois somente Cristo derrama sobre nós o Espírito de santidade. O nosso único trabalho é lutar para acolher esse Espírito, deixando-nos guiar por ele e por ele sermos transfigurados em Cristo!
Olhemos para o céu: lá estão Pedro e Paulo, lá estão os Doze, lá estão os mártires de Cristo, os santos pastores e doutores, lá estão as santas virgens e os santos homens, lá estão tantos e tantos – uns, conhecidos e reconhecidos pela Igreja publicamente, outros, cujo nome somente Deus conhece; lá está a Santíssima e Bem-aventurada sempre Virgem Maria, Mãe e discípula perfeita do Cristo, toda plena do Espírito, toda obediente ao Pai. Eles chegaram lá, eles intercedem por nós, eles são nossos modelos, eles nos esperam.
Num mundo que vive estressado, que corre sem saber para onde… num mundo que já não crê nos verdadeiros valores, porque já não crê em Deus, contemplar hoje todos os santos é recordar para onde vamos e qual é o sentido da nossa vida! Não tenhamos medo de ser de Deus, não tenhamos medo de testemunhar o Evangelho, não tenhamos medo de alimentar nossa visa com o Cristo, na sua Palavra e na sua Eucaristia para sermos inebriados da vida do próprio Deus.
Infelizmente, muitos hoje têm como heróis os atletas, os atores, os cantores e tantos outros que não têm muito e até nada para ensinar. Quanto a nós, que nossos heróis e modelos sejam os santos e santas de Cristo, que foram heróis porque se venceram e correram para o Cristo! Que eles roguem por nós, pois o que eles foram, nós somos e o que eles são, todos nós somos chamados a ser.
Todos os Santos e Santas de Deus, rogai por nós!
Dom Henrique Soares da Costa

O habito eclesiástico e necessário ?

O habito eclesiástico e necessário ?
 


Congregação para o Clero
Diretório para o Ministério e a Vida
dos Presbíteros
66. Obrigação do hábito eclesiástico
Numa sociedade secularizada e de tendência materialista, onde também os sinais externos das realidades sagradas e sobrenaturais tendem a desaparecer, sente-se particularmente a necessidade de que o presbítero — homem de Deus, dispensador dos seus mistérios — seja reconhecível pela comunidade, também pelo hábito que traz, como sinal inequívoco da sua dedicação e da sua identidade de detentor dum ministério público.(211) O presbítero deve ser reconhecido antes de tudo pelo seu comportamento, mas também pelo vestir de maneira a ser imediatamente perceptível por cada fiel, melhor ainda por cada homem, (212) a sua identidade e pertença a Deus e à Igreja.
Por este motivo,o clérigo deve trazer um hábito eclesiástico decoroso, segundo às normas emanadas pela Conferência Episcopal e segundo os legítimos costumes locais.(213) Isto significa que tal hábito, quando não è o talar, deve ser diverso da maneira de vestir dos leigos e conforme à dignidade e à sacralidade do ministério. O feitio e a cor devem ser estabelecidos pela Conferência dos Bispos, sempre de harmonia com as disposições do direito universal.
Pela sua incoerência com o espírito de tal disciplina, as praxes contrárias não se podem considerar legítimas e devem ser removidas pela autoridade eclesiástica competente.(214) Salvas exceções completamente excepcionais, o não uso do hábito eclesiástico por parte do clérigo pode manifestar uma consciência débil da sua identidade de pastor inteiramente dedicado ao serviço da Igreja.(215)
Sua Santidade o Papa João Paulo II, dia 31 de Janeiro de 1994 aprovou o presente Directório e autorizou a sua publicação.

JOSÉ T. Card. SANCHEZ
Prefeito
+ CRESCENZIO SEPE
Arc. tit. de Grado
Secretário
Referência
1.      (211) Cf JOÃO PAULO II, Carta ao Card. Vigário de Roma (8 de Setem bro de 1982): « L'Osservatore Romano », 18-19 de Outubro de 1982.
2.      (212) Cf PAULO VI, Alocusões ao clero ( 17 de Fevereiro de 1969; 17 de Fevereiro de 1972; 10 de Fevereiro de 1978): AAS 61 (1969), 190; 64 (1972), 223; 70 (1978), 191; JOÃO PAULO II, Carta a todos os sacerdotes por ocasião da Quinta Feira Santa 1979 Novo incipiente (7 de Abril de 1979),7: AAS 71, 403-405; Alocusões ao clero (9 de Novembro de 1978; 19 de Abril de 1979): Insegnamenti, I (1978),116; II (1979), 929.
3.      (213) Cf C.I.C, can. 284.
4.      (214) Cf PAULO VI, Motu Proprio Ecclesiae sanctae I, 25, 2d: AAS 58 (1966), 770; S. CONCREGAÇÃO DOS BISPOS, Carta circular a todos os representantes pontificios, Per venire incontro (27 de Janeiro de 1976); S. CONCREGAÇÃO DA EDUCAÇÃO CATÓLICA, Carta circular The document (6 de Janeiro de 1980): « L'Osservatore Romano » supl. 12 de Abril de 1980.
5.      (215) Cf PAULO Vl, Catequese da audiência geral de 17 de Setembro de 1969; Alocução ao clero (1 de Março de 1973): Insegnamenti VII (1969), 1065; Xl (1973), 176.
Pontifício Conselho para os Textos Legislativos
Nota Explicativa
I. Esclarecimento sobre o valor vinculante do artigo 66 do Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros (Cf. Communicationes, 27 [1995] 192-194)
1. O "Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros", publicado pela Congregação para o Clero, por encargo e com a aprovação do Santo Padre João Paulo II, está permeado, em sua totalidade, de um profundo espírito pastoral. No entanto, isto não retira o valor de obrigatoriedade de muitas de suas normas que não têm um caráter apenas exortativo, mas são juridicamente vinculantes.
2. Esta obrigatoriedade jurídica e disciplinar aplica-se tanto às normas do Diretório que simplesmente recordam as normas disciplinares semelhantes do Código de Direito Canônico (por exemplo, art. 16, § 6), quanto às outras normas que, determinando a forma de execução das leis universais da Igreja, explicitam suas razões doutrinárias e inculcam ou solicitam a sua fiel observância (como, por exemplo, os artigos 62-64).
3. As normas deste último tipo, que pertencem à categoria dos Decretos gerais e executórios e “obrigam os que estão sujeitos às próprias leis" (cân. 32), são frequentemente emitidas pela Santa Sé em Diretórios, conforme é previsto pelo próprio Código de Direito Canônico (cân. 33, § 1).
4. No que se refere concretamente ao art. 66, do Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros, ele contém uma disposição geral complementar ao cânon 284, com as características dos Decretos gerais executórios (cf. cân. 31). É, portanto, um norma à qual se desejou atribuir exigibilidade jurídica, como também se deduz da redação do próprio texto e do lugar em que foi incluído: sob o título "A obediência".
5. De fato, o artigo 66:
a) recorda, até mesmo com notas de referência, os recentes ensinamentos do Magistério pontifício a este respeito, seu fundamento doutrinário e as razões pastorais do uso do hábito eclesiástico por de parte dos ministros sagrados, como prescrito pelo cân. 284;
b) determina de forma mais concreta o modo de execução de tal lei universal sobre o uso do hábito eclesiástico, ou seja, que “quando não é o talar, deve ser diverso da maneira de vestir dos leigos e conforme à dignidade e à sacralidade do ministério. O feitio e a cor devem ser estabelecidos pela Conferência dos Bispos, sempre em harmonia com as disposições do direito universal”;
c) solicita, com uma afirmação categórica, a observância e reta aplicação da disciplina sobre o hábito eclesiástico: " Pela sua incoerência com o espírito de tal disciplina, as praxes contrárias não se podem considerar legítimas e devem ser removidas pela autoridade eclesiástica competente".
6. É evidente que, à luz destes esclarecimentos aprovados pela própria Suprema Autoridade que promulgou o Código de Direito Canônico, devem ser interpretados, em qualquer caso de dúvida, até mesmo os Decretos Gerais emanados pelas Conferências Episcopais, como legislação complementar da lei universal sancionada no cân. 284.
7. Em conformidade com os requisitos do cân. 32, estas disposições do artigo 66 do Diretório para o ministério e a vida dos presbíteros obrigam todos aqueles que são vinculados à norma universal do cân. 284, ou seja, os Bispos e os presbíteros, mas não os diáconos permanentes (cf. cân. 288). Os Bispos diocesanos constituem, além disto, a autoridade competente para solicitar a obediência à referida disciplina e remover as eventuais praxes contrárias ao uso do hábito clerical (cf. cân. 392, § 2). Às Conferências episcopais cabe auxiliar a cada um dos Bispos diocesanos no cumprimento desse seu dever.
Roma, 22 de outubro de 1994.
 
+ Vincenzo Fagiolo,
Presidente
+ Julián Herranz,
Secretário