HOMÍLIA DO DIA 04/11/2013 DO 31ª SEMANA DO TEMPO COMUM
A gratuidade é a marca do coração
daqueles que servem a Deus com pureza de coração. É fazer uma coisa sem esperar
que, com isso, possa ter algo em troca.
“Pelo
contrário, quando deres uma festa, convida os pobres, os aleijados, os coxos, os
cegos. Então serás feliz! Porque eles não te podem retribuir” (Lc
14,13-14a).
A Palavra de Deus ao nosso coração é
para refletirmos o sentido da gratuidade na vida de um cristão, na vida de um
homem, de uma mulher que buscam viver a vontade do Senhor. A gratuidade é é
viver e fazer as coisas sem esperar nada em troca: recompensa, elogio,
reconhecimento, valorização.
Meus irmãos, as relações que
estabelecemos uns com os outros são marcadas por essa mentalidade mercantilista,
capitalista, do “é dando que se recebe”, “eu faço isso para receber aquilo”. E a
pergunta que alguém sempre lhe faz é: “O que eu ganho com isso? O que eu levo em
troca?”.
Essa mentalidade nós levamos para nossa
relação com Deus: “Eu faço isso, para Deus me dar aquilo”, “Eu vou fazer desta
forma para receber o dobro do Senhor”. Às vezes, as pessoas querem fazer um
negócio com Deus, querem ser reconhecidas, recompensadas pelas orações que
fazem, pelos sacrifícios que fizeram, pelos esforços. “Deus tem que me
recompensar! Deus tem que me dar o dobro!”.
Não, meus irmãos! A gratuidade é a
marca do coração daqueles que servem o Senhor com pureza de coração. E na nossa
relação uns com os outros precisamos aprender a fazer assim também! Não faça as
coisas, não faça “banquetes” – no bom sentido da palavra! – para ser chamado e
reconhecido pelos outros.
Busque fazer a sua caridade, busque
viver com intensidade o seu gesto de amor para com o outro sem esperar nenhuma
retribuição, sem aquele coração que, de repente, diz assim: “Eu só dei! E o que
foi que recebi?”. Se você dá algo a alguém, se você quer fazer algo em favor de
alguém, que nunca seja esperando algo em troca, porque senão você já perdeu todo
o sentido da caridade, foi um comércio aquilo que você fez, um
negócio.
Negócios são assim: você faz para
receber. Amor não! Amor ao próximo, amor caridade, amor evangélico nós fazemos
sem esperar nada em troca.
Deus abençoe você!
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