HOMÍLIA DO DIA 16/12/2013 DO 3º DOMINGO DO ADVENTO
Que
Deus purifique as nossas intenções e o nosso coração de toda malícia,
que nos impede de conhecer as coisas como, de fato, são.
“Eu também não vos direi com que autoridade faço estas coisas” (Mt 21,27).
Os sumos sacerdotes e os
anciãos do povo quiseram colocar Jesus numa situação muito difícil!
Quiseram saber de onde vinha a autoridade de Cristo. Quando perguntaram
isso ao Senhor, eles, na verdade, sabiam de onde vinha a autoridade
d’Ele, mas se comportaram com astúcia e malícia. Quiseram simplesmente
colocar Jesus numa situação de aperto e não verdadeiramente saber de
onde brotava essa autoridade.
E Jesus, então, responde
à astúcia humana com a sabedoria divina. Ele responde com uma pergunta à
pergunta que Lhe é feita; parecendo aquele método chamado de “ironia
socrática”, no qual alguém lhe pergunta algo e você o responde com uma
outra pergunta. Isso é feito – e não é porque não queremos responder
– para que nós mesmos entendamos se a resposta daquilo que perguntamos
ou questionamos não está dentro de nós mesmos, se realmente estamos
perguntando com a profundidade que merece a resposta da pergunta que
fazemos.
É por isso que Jesus
pergunta: “De onde é que vem o batismo de João? Ele vem do céu ou vem
dos homens?” E aí os doutores da Lei ficaram encurralados, porque se
dissessem que vinha do céu, por que então não acreditaram em João? Mas
se dissessem: “Ah! Mas esse batismo vem dos homens”, os judeus e o povo
que reconheciam João como um profeta poderiam apedrejá-los. Então
responderam: “Nós não sabemos de onde vem aquela autoridade de João”.
Jesus então disse: “Eu também não vos responderei com que autoridade eu
faço todas essas coisas”.
Porque sabe, meus
irmãos, a astúcia do nosso coração não convence o coração de Deus. Nós
podemos ser fracos, ignorantes, podemos não conhecer bem as coisas,
podemos até ter dúvidas, incertezas, mas só não podemos ser maldosos e
maliciosos, só não podemos deixar que a astúcia, aquela que se esconde
por detrás da verdade, nós só não podemos nos esconder atrás dela e não
reconhecer, de fato, a ação de Deus no meio de nós.
Jesus repele, expulsa e
não vai de forma alguma compactuar com aqueles que se aproximam d’Ele
com maldade no seu coração. Que Deus purifique as nossas intenções, que o
Senhor purifique o nosso coração de toda malícia e de toda maldade, que
nos impedem de conhecer as coisas como, de fato, elas são.
Lá dentro da nossa alma
temos respostas para muitas coisas, mas preferimos muitas vezes fingir
que não as sabemos ou não as conhecemos para nos comportarmos como
vítimas. Os judeus – doutores da Lei e fariseus – assim o fizeram, e
Jesus respondeu a eles na mesma moeda.
Que Deus abençoe você!
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