A historia da vida de São Benedito
O caso mais extraordinário acontecido durante o
tempo em que Frei Benedito governou o convento, foi uma multiplicação de pães.
É um fato onde se vê claramente a presença de Cristo na pessoa de Benedito,
acudindo os pobres e famintos.
Apesar de o convento também viver de esmolas, a ordem do Guardião ao irmão
porteiro era clara: nenhum pobre sem atendimento. Nenhum mendigo despachado sem
uma ajuda. Assim queria Benedito que se vivesse o preceito de Jesus: "Dêem
de graça o que de graça receberam" (Mt 10,8).
Certa
vez, ao distribuir pão aos pobres, o porteiro, Irmão Vito da Girgenti, percebeu
que a fila ainda era grande, e que na cesta restavam apenas poucos pães, que
davam exatamente para os membros do convento. Encerrou, então, a distribuição e
despachou o resto dos pobres. O fato chegou ao conhecimento do Guardião, que
intimou o bom porteiro a correr e chamar de volta os pobres que ficaram sem
pão.
- "Dê aos pobres tudo o que estiver na cesta, disse Benedito, que a Providência
divina achará um meio de socorrer-nos".
Os pães, naquele tempo, geralmente eram feitos em casa. Não havia essa
facilidade que temos hoje de correr a uma padaria na esquina. Aqueles pães
doados aos pobres eram, então, os últimos, até o cozinheiro ou padeiro do
convento fazer mais. Por isso o irmão porteiro ficou meio espantado com a ordem
recebida, mas obedeceu. Chamou os pobres e pôs-se a distribuir-lhes os pães
restantes. Foi aí que percebeu que alguma coisa de extraordinário estava acontecendo
ali. O pão da cesta não se acabava; quanto mais ele tirava, mais aparecia. Foi
uma nova multiplicação de pães, como aquela de Jesus no deserto. Espanto e
alegria encheram o coração do porteiro. Terminada a distribuição, outra
maravilha; na cesta ficaram exatamente aqueles pães que ele havia reservado
para a comunidade. Nenhum a mais nem a menos.
Não temos outros São Benedito, mas o exemplo dele, bem como de Santo Antônio,
fazem que, anualmente, apareçam muitas almas caridosas que distribuem milhares
de sacos de pães aos pobres, em memória do gesto desses santos.
São
Benedito, filho de escravos, que encontrastes a verdadeira liberdade servindo a
Deus e aos irmãos, independente de raça e de cor, livrai-me de toda a
escravidão, venha ela dos homens ou dos vícios, e ajudai-me a desalojar de meu
coração toda a segregação e a reconhecer todos os homens por meus irmãos. São
Benedito, amigo de Deus e dos homens, concedei-me a graça que vos peço do
coração. Por Jesus Cristo Nosso Senhor. Amém.
São Benedito rogai por nós !
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