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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

HOMÍLIA DO 23º DOMINGO DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO 23º DOMINGO DO TEMPO

 COMUM


Caríssimos irmãos e irmãs estamos no 23º Domingo do Tempo Comum, e hoje a Igreja proclama para nós o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas. (cf. Lc. 14, 25-33).
Nosso Senhor Jesus Cristo está subindo para a cidade de Jerusalém. Essa subida à cidade em que passou pela cruz e ressurreição também significa um crescimento nos ensinamentos cristãos. Em outras palavras, conforme Nosso Senhor ia subindo para Jerusalém, Ele ia fazendo com que seus discípulos subissem no entendimento do discipulado.
Na perícopa de hoje, Nosso Senhor fala que para ser um discípulo dele, o mesmo deve ter total desapego das pessoas e das coisas materiais. Por isso, Ele diz: “Se alguém vem a mim, mas não se desapega de seu pai e sua mãe, sua mulher e seus filhos, seus irmão e suas irmãs e até da sua própria vida, não pode ser meu discípulo”. (cf. Lc. 14, 26). E, também: “Do mesmo modo, portanto, qualquer um de vós se não renunciar a tudo o que tem, não pode ser meu discípulo”. (cf. Lc. 14, 33).
Isso significa que eu devo abandonar todas as pessoas e todas as coisas materiais que eu possuo e sair pelo mundo para anunciar a Boa Notícia do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo? Isso significa que eu devo odiar toda a minha família e todos os meus bens? Claro que não! Às vezes nós podemos ler esse texto e ter uma visão fundamentalista, o que é totalmente errado. Esse texto não é para ser levado ao pé da letra.
O que acontece é que nós separamos momentos da nossa vida para Deus, e, separamos outros momentos para realizar coisas que não são de Deus. E, isso não pode acontecer. Todas as ocasiões do nosso dia-a-dia são oportunidades de realizarmos a vontade de Deus. E, Deus deve ser amado em primeiro lugar em todas as ocasiões.
Todas as atividades do nosso dia devem ser oferecidas para Deus. Quando estou na minha casa, com a minha família, eu preciso saber que estou na presença de Deus, e ali realizar o meu discipulado, amando a Deus a cima de tudo. E, então vou tratar melhor os meus, porque sei que acima de qualquer tribulação ou problema Deus quer que eu seja seu discípulo. No trabalho, com as pessoas do trabalho, a cima de qualquer tribulação ou problema eu preciso colocar Deus em primeiro lugar, porque ali é o lugar que eu tenho para realizar a vontade de Deus. E, então eu vou ser um bom profissional e um bom companheiro de trabalho porque sei que essa é a vontade de Deus. Na minha comunidade de Igreja ou na sociedade eu tenho que ter a consciência que eu preciso ser um discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo, e, que Ele deve ser o mais precioso para mim, e então, todas as tribulações e problemas serão secundárias, porque eu tenho consciência que aquele momento serve para a realização da vontade de Deus.
Resumindo a mensagem de Nosso Senhor Jesus Cristo, o desapego significa saber que eu preciso ser melhor com minha mãe e com meu pai, com minha mulher e com meu filho, com meu irmão e com a minha irmã, e, também preciso ser um bom administrador das coisas materiais que eu tenho, porque todas as pessoas e as coisas são de Deus, e, é ali que eu tenho a oportunidade de santificar a minha vida. Não podemos tratar as pessoas e as coisas de qualquer jeito, porque elas são de Deus. E, então, vou ter que me desapegar das minhas vontades para realizar bem os meus afazeres do dia-a-dia. E, por isso, Nosso Senhor diz: “Quem não carrega a sua cruz e não caminha atrás de mim, não pode ser meu discípulo”. (cf. Lc. 14, 27).
Busquemos a força na Eucaristia, para carregarmos a cruz do dia-a-dia, e assim cumprimos com amor e dedicação a missão que Deus nos deu na vida. Amém.

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