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quarta-feira, 18 de setembro de 2013

HOMÍLIA DO 24º DOMINGO DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO 24º DOMINGO DO TEMPO 

COMUM


Caríssimos irmãos e irmãs estamos celebrando a liturgia do 24º Domingo do Tempo Comum, e, hoje a Igreja proclama para nós o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas. (cf. Lc. 15, 1-32).
No centro do Evangelho de Lucas nos vemos as parábolas da misericórdia: a ovelha e a moeda reencontradas, e a obra-prima da parábola do ‘filho pródigo’. Estas parábolas estão no centro do Evangelho lucano, pois a intenção primordial deste escrito é dizer que Nosso Senhor Jesus Cristo veio para dar o perdão à toda humanidade.
Para iluminar a nossa compreensão a respeito da perícopa do Evangelho que é proclamado hoje, a Igreja colocou como Primeira Leitura a passagem do Livro do Êxodo (Êx. 32, 7-11.13-14), que apresenta Moisés como o grande intercessor do povo de Israel. Aconteceu que Moisés sumiu no Monte Sinai para falar com Deus, e, lá recebeu as Tábuas da Lei – os Dez Mandamentos. Enquanto Moisés estava no Sinai, o povo que estava nos pés do monte construiu um bezerro de ouro e colocaram-no como sendo o seu próprio deus. Foi quando Deus fala à Moisés que vai abandoná-los. E, Moisés faz uma grande intercessão pelo povo, ‘lembrando’ a Deus da promessa que fizera a Abraão, de que sua descendência seria tão numerosa como as estrelas dos céus.
Nosso Senhor Jesus Cristo é o grande intercessor entre Deus e os homens. Moisés realizou uma prefiguração, ou seja, realizou uma ação imperfeita daquilo que um dia tornaria perfeito pelos atos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele encarnou-se, pelo Espírito Santo, no ventre da Santíssima Virgem, morreu na cruz para apagar os nossos pecados, e ressuscitou para abrir as portas dos céus para todos aqueles que fizerem a vontade de Deus.
Por isso, quando Ele veio pela primeira vez, quis por sua grande misericórdia andar com os pecadores. E, os fariseus (grupo de judeus legalistas) e os Mestres da Lei (grupo de judeus estudiosos dos primeiros cinco livros da bíblia) criticavam Nosso Senhor por andar com os pecadores (aqueles que não cumpriam os mandamentos de Deus ou ainda alguém que tivesse algum defeito físico) e com os publicanos (judeus que trabalhavam para o Império Romano como cobradores de impostos).
E, então Nosso Senhor apresenta a sua misericórdia, contando para os fariseus e os Mestres da Lei as três parábolas: a. Um homem tinha cem ovelhas. Perdeu uma. Deixou as noventa e nove e foi encontrar a ovelha perdida; b. Uma mulher tinha dez moedas de prata. Perdeu uma. Esta acendeu uma lâmpada, varreu a casa e encontrou a moeda perdida. c. Um homem tinha dois filhos. O filho mais novo pediu a parte da sua herança e foi embora. Quando perdeu tudo o que tinha voltou para a casa do pai. E, o pai o recebeu de braços abertos.
Assim, acontece conosco e com todos os homens, pois, quando se arrependem de seus pecados e voltam à Deus, Ele os perdoa de todos os pecados, por meio de Nosso Senhor Jesus Cristo, que um dia já apagou toda a nossa culpa pelo seu sangue derramado na cruz.
Peçamos a intercessão da Santíssima Virgem para que possamos nos arrepender de nossos pecados e voltar para Deus. E, também, para que sejamos misericordiosos como nosso Deus é misericordioso. Amém.

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