Total de visualizações de página

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

HOMÍLIA DA SOLENIDADE DA ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

HOMÍLIA DA SOLENIDADE DA 

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA


Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo!

Caríssimos irmãos e irmãs no dia 15 de Agosto a Igreja Católica Apostólica Romana, no mundo inteiro, celebrou a Assunção de Nossa Senhora. Para uma maior participação do povo brasileiro, esta solenidade sempre é transferida para o próximo domingo. Por isso, estamos celebrando neste final de semana a entrada de Nossa Senhora, de corpo e alma, nos Céus.
Para entendermos bem essa solenidade vale a pena lembrar a nossa doutrina. Sabemos que Deus derramou o Espírito Santo sobre a Igreja para conduzi-la a Verdade: “Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade”. (cf. Jo. 16, 13). O Espírito Santo não veio para mostrar novas verdades, mas para dar entendimento a nós da única verdade revelada. Os dogmas são como indicativos e, foram criados para nos ajudar a nos manter no caminho certo. Ao longo dos séculos a Igreja precisou definir alguns posicionamentos a cerca da nossa fé. E, para não haver erros declarou alguns dogmas. Por isso, podemos definir que os dogmas são posicionamentos oficiais da Igreja a respeito de assuntos que geraram discordâncias teológicas, sob a ação do Espírito Santo.
Hoje, estamos meditando sobre uma dessas verdades que, ao logo dos séculos a Igreja professou sobre Nossa Senhora. Os dogmas marianos são: Mãe de Deus; Virgindade perpetua; Imaculada Conceição e Assunção. Hoje trataremos do dogma da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. O Papa Pio XII, em 1950, proclama o dogma: “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta (elevada) de corpo e alma à glória celeste. [...] A assunção de Maria é uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”. (cf. CEC, n. 966).
A bíblia não fala nada a respeito do final da vida de Nossa Senhora. Contudo, temos a Tradição da Igreja que também é fonte da Verdade. Assim, podemos observar alguns exemplos da Tradição. Já nos primeiros séculos, os cristãos tinham muito cuidado em guardar os retos mortais dos santos, especialmente dos apóstolos e mártires. Não há, no entanto, nenhuma notícia sobre o corpo de Maria. Também, outro ponto que nos leva a crer neste dogma é o que diz a nossa fé em Jesus Cristo, quando afirma que tudo o que aconteceu com Ele acontecerá conosco: “Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo”. (cf. 1Cor. 15, 21-23). E, por fim, vale a pena lembrar que desde o início do cristianismo existe a tradição que Nossa Senhora foi assunta aos céus.
E, desde já somos chamados a viver esses Céus. Começar aqui na terra a cumprir os planos do Senhor e, a viver como Maria viveu. Nossa Senhora, na perícopa do Evangelho de hoje (cf. Lc. 1, 39-56) é modelo de serviço aos necessitados. Ela saiu da cidade de Nazaré e foi até perto da cidade de Jerusalém (a distância de 3 km), numa cidade chamada Ain Karim, e ficou durante três meses, ou seja, até o nascimento de São João Batista, servindo sua prima. E, quando chegou encontrou a sua prima, entoou um hino chamado ‘Magnificat’, o qual proclama que Deus derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Ela é modelo daquilo que um dia acontecerá conosco. Por isso, ao celebrar a Assunção de Nossa Senhora, temos que se lembrar do nosso futuro. Todos nós um dia entraremos nos Céus de corpo e alma, mas antes, enquanto estivermos participando da Igreja Peregrina, devemos estar a serviço dos nossos irmãos.
Peçamos a intercessão de Nossa Senhora da Assunção, pois queremos ser humildes e serventes, para sermos colaboradores do plano de salvação, já neste estado de peregrinos. Amém.

Nenhum comentário:

Postar um comentário