HOMÍLIA DA SOLENIDADE DA
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA
Rogai por nós Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo!
Caríssimos irmãos e irmãs no dia 15 de Agosto a Igreja Católica Apostólica Romana, no mundo inteiro, celebrou a Assunção de Nossa Senhora. Para uma maior participação do povo brasileiro, esta solenidade sempre é transferida para o próximo domingo. Por isso, estamos celebrando neste final de semana a entrada de Nossa Senhora, de corpo e alma, nos Céus.
Para entendermos bem essa solenidade vale a pena lembrar a nossa doutrina. Sabemos que Deus derramou o Espírito Santo sobre a Igreja para conduzi-la a Verdade: “Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade”. (cf. Jo. 16, 13). O Espírito Santo não veio para mostrar novas verdades, mas para dar entendimento a nós da única verdade revelada. Os dogmas são como indicativos e, foram criados para nos ajudar a nos manter no caminho certo. Ao longo dos séculos a Igreja precisou definir alguns posicionamentos a cerca da nossa fé. E, para não haver erros declarou alguns dogmas. Por isso, podemos definir que os dogmas são posicionamentos oficiais da Igreja a respeito de assuntos que geraram discordâncias teológicas, sob a ação do Espírito Santo.
Hoje, estamos meditando sobre uma dessas verdades que, ao logo dos séculos a Igreja professou sobre Nossa Senhora. Os dogmas marianos são: Mãe de Deus; Virgindade perpetua; Imaculada Conceição e Assunção. Hoje trataremos do dogma da Assunção de Nossa Senhora aos Céus. O Papa Pio XII, em 1950, proclama o dogma: “Finalmente, a Imaculada Virgem, preservada imune de toda mancha da culpa original, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta (elevada) de corpo e alma à glória celeste. [...] A assunção de Maria é uma antecipação da ressurreição dos outros cristãos”. (cf. CEC, n. 966).
A bíblia não fala nada a respeito do final da vida de Nossa Senhora. Contudo, temos a Tradição da Igreja que também é fonte da Verdade. Assim, podemos observar alguns exemplos da Tradição. Já nos primeiros séculos, os cristãos tinham muito cuidado em guardar os retos mortais dos santos, especialmente dos apóstolos e mártires. Não há, no entanto, nenhuma notícia sobre o corpo de Maria. Também, outro ponto que nos leva a crer neste dogma é o que diz a nossa fé em Jesus Cristo, quando afirma que tudo o que aconteceu com Ele acontecerá conosco: “Com efeito, por um homem veio a morte e é também por um homem que vem a ressurreição dos mortos. Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão. Porém, cada qual segundo uma ordem determinada: Em primeiro lugar, Cristo, como primícias; depois, os que pertencem a Cristo”. (cf. 1Cor. 15, 21-23). E, por fim, vale a pena lembrar que desde o início do cristianismo existe a tradição que Nossa Senhora foi assunta aos céus.
E, desde já somos chamados a viver esses Céus. Começar aqui na terra a cumprir os planos do Senhor e, a viver como Maria viveu. Nossa Senhora, na perícopa do Evangelho de hoje (cf. Lc. 1, 39-56) é modelo de serviço aos necessitados. Ela saiu da cidade de Nazaré e foi até perto da cidade de Jerusalém (a distância de 3 km), numa cidade chamada Ain Karim, e ficou durante três meses, ou seja, até o nascimento de São João Batista, servindo sua prima. E, quando chegou encontrou a sua prima, entoou um hino chamado ‘Magnificat’, o qual proclama que Deus derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Ela é modelo daquilo que um dia acontecerá conosco. Por isso, ao celebrar a Assunção de Nossa Senhora, temos que se lembrar do nosso futuro. Todos nós um dia entraremos nos Céus de corpo e alma, mas antes, enquanto estivermos participando da Igreja Peregrina, devemos estar a serviço dos nossos irmãos.
Peçamos a intercessão de Nossa Senhora da Assunção, pois queremos ser humildes e serventes, para sermos colaboradores do plano de salvação, já neste estado de peregrinos. Amém.
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