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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

HOMÍLIA DO 21º DOMINGO DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO 21º DOMINGO DO TEMPO 

COMUM


Caríssimos irmãos e irmãs estamos no 21º Domingo do Tempo Comum, e, hoje a Igreja proclama para nós o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas. (cf. Lc. 13, 22-30).
Na época de Nosso Senhor Jesus Cristo entre os judeus existiam círculos religiosos que discutiam sobre o tema da salvação, ou seja, sobre a participação dos homens no mundo futuro, ou nos céus. Um primeiro grupo de judeus acreditava que a totalidade do povo de Israel receberia a salvação. Ou seja, pelo simples fato de pertencer a raça dos judeus e habitar em Israel herdariam o Reino dos Céus. E, por outro lado, existia outro circulo religioso judaico que cria que poucos receberiam a salvação.
Nosso Senhor Jesus Cristo estava na região da Galiléia entrando em cidades e povoados, indo em direção a cidade de Jerusalém, quando alguém o questionou sobre este assunto: “Senhor é verdade que são poucos os que se salvam?”. (cf. Lc. 13, 23).
Nosso Senhor Jesus Cristo não aceitava a idéia de que a salvação eterna viesse apenas aos que pertenciam ao povo judeu. Não é a raça do ser humano que garante ou não a salvação, mas é a prática da justiça. Por isso, Ele contou a história do dono de uma casa, que ao se levantar fechou a porta. E, os que estavam do lado de fora começaram a bater na porta, pedindo ao dono da casa que abrisse a porta. E, os do lado de fora começaram a justificar-se dizendo que eram judeus: “Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinastes em nossas praças”. (cf. Lc. 13, 26). Mas o que importava para o dono da casa, não era a raça, mas sim a prática da justiça, e por isso, ele disse: “Afastai-vos de mim, todos vós, que praticais a injustiça”. (cf. Lc. 13, 27).
Para prosseguirmos no ensinamento de Nosso Senhor vale a pena pensar sobre o significado da prática da justiça, e o da injustiça. A justiça significa dar o devido valor a Deus e aos homens. E, Deus nos ensinou a amar a Ele acima de todas as coisas, e, o próximo como a nós mesmos. Quando amamos a Deus e ao próximo estamos praticando a justiça. Quando não amamos a Deus e nem ao próximo estamos praticando a injustiça. Diante disso, o que adiantava ser judeu e habitante de Israel sem amar a Deus e ao próximo? O que adiantava ser um judeu infiel? Por isso, na história que Nosso Senhor contou, o dono da casa disse aos que estavam do lado de fora da casa: “Afastai-vos de mim, todos vós, que praticais a injustiça”. (cf. Lc. 13, 27).
E, terminando a história, Nosso Senhor faz uma grande alerta: “Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora”. (cf. Lc. 13, 28). Nosso Senhor cita os grandes pais do povo judeus: Abraão, Isaac e Jacó, para mostrar que mesmo sendo da mesma raça destes Patriarcas, se não praticarem a justiça, terão como castigo o inferno. E, Nosso Senhor termina essa perícopa manifestando a sua rejeição aos judeus infiéis e o chamado dos pagãos à salvação eterna. Os judeus, de primeiros que eram chamados a entrarem no Reino dos Céus, tornaram-se os últimos. E, os pagãos, de últimos, tornaram-se os primeiros a entrarem no Reino dos Céus.
Portanto, Nosso Senhor nos ensina que mesmo que sua vontade seja que todos cheguem a salvação, não adianta pensar que por pertencermos a religião católica, isso será condição única para um dia sermos herdeiros dos céus. Temos que ser católicos, contudo, praticantes da justiça, amando a Deus a cima de todas as coisas e o próximo como a nós mesmos.
E, isso é fácil? Claro que não! Essa é a porta estreita! Mas temos que fazer de tudo para sermos católicos coerentes. E, o católico coerente faz de tudo para amar a Deus e ao próximo.
Peçamos a intercessão de Maria Santíssima e de São José, para que possamos construir uma Igreja que seja coerente com os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

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