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sábado, 10 de agosto de 2013

HOMÍLIA DO 18º DOMINGO DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO 18º DOMINGO DO TEMPO 

COMUM

Caríssimos irmãos e irmãs estamos celebrando a liturgia do 18º Domingo do Tempo Comum, e hoje a Igreja proclama o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas. (cf. Lc. 12, 13-21).
Aconteceu que um homem foi diante de Nosso Senhor e pediu para Ele aconselhar o seu irmão a repartir a herança da família. Mas, Nosso Senhor não tinha essa função social, ou seja, Nosso Senhor não veio ao mundo com a missão de ser uma espécie de juiz. Contudo, Ele aproveitou o momento para explicar que “a vida de um homem não consiste na abundancia de bens”. (cf. Mt. 12, 15).
Essa perícopa do Evangelho que foi proclamado hoje é bem típica: irmãos que brigam por causa de bens materiais. Quantos irmãos de sangue não deixam de conversar com o outro, ou pior ainda, cultivam um grande ódio pelo outro, por causa de herança ou pelos bens materiais? É muito comum encontramos situações aonde existem os irmãos mais espertos que conseguem pegar toda a herança para si, e não é justo na divisão da herança. Como também é muito comum o irmão injustiçado ficar murmurando contra o esperto que conseguiu pegar toda a herança.
Para a proposta da Boa Nova que Nosso Senhor trouxe, tanto um como o outro não possuem elementos essenciais ao ponto de cultivar o ódio, pois a vida do homem não consiste em ter riquezas neste mundo. É claro que Nosso Senhor não está dizendo que não se deve lutar pela justiça, mas a mensagem da Liturgia da Palavra vem nos dizer que as riquezas desse mundo não podem passar por cima dos valores evangélicos. Portanto, mesmo que haja discordâncias na repartição da herança isso deve ser revolvido com calma e de acordo com a justiça desse mundo, sem o cultivo do ódio e do rancor, mas com a paciência e com o perdão.
E, aproveitando a oportunidade Nosso Senhor Jesus Cristo ainda contou uma parábola: um homem rico teve uma boa colheita. Então ele mandou fazer um grande celeiro e pediu para guardar todos os seus bens. E, pensava consigo, depois disso eu poderia dizer: “Descansa, come, bebe, aproveita!”. (cf. Mc. 12, 19). E, naquela mesma noite ele morreu.
Assim também acontece com muitas pessoas que só pensam em trabalhar e acumular bens. Não dão valor para a família, para os filhos, para os netos. Só pensam que precisam trabalhar para adquirir riquezas. E, o pior, trabalha por trabalhar, e, não aproveitam a vida. De domingo à domingo estão pensando no trabalho, e só no trabalho. Não vão as missas; não participam da criação dos filhos; esquecem a família; ou seja, coloca o dinheiro a cima de qualquer ser. E, quando terminam a sua vida de trabalho percebem que existe um grande vazio dentro de si.
Nós cristãos devemos lutar pela justiça e por uma vida digna. Mas cada coisa deve ter o seu valor. Deus em primeiro lugar. Meus familiares e o meu próximo em segundo lugar. E, depois a minha vida de trabalho.
Peçamos a intercessão de Maria, Mãe e Mestra, para que possamos dar o devido valor as coisas dentro da hierarquia evangélica. Amém.

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