HOMÍLIA DO 19º DOMINGO DO TEMPO COMUM

HOMÍLIA DO 19º DOMINGO DO TEMPO 

COMUM

Caríssimos irmãos e irmãs estamos no 19º Domingo do Tempo Comum e hoje a Igreja proclama para nós o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo São Lucas. (cf. Lc. 12, 32-48).
Nosso Senhor Jesus Cristo saiu do povoado de Betânia e estava subindo para a cidade de Jerusalém, aonde aconteceria o seu martírio e a sua ressurreição. Neste caminho que é o tempo de andar 3 km até chegar a cidade de Jerusalém, Nosso Senhor falou com a multidão que o seguia sobre vários assuntos, e na perícopa de hoje, falou sobre o tema da parúsia e da vigilância.
Mas vamos entender o que significa parúsia! Esse é um termo grego, que significa ‘presença’. Contudo, dentro do cristianismo ele toma um significado muito mais amplo. Parúsia é a crença na segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ninguém sabe nem o dia e nem a hora em que Nosso Senhor, virá em sua glória, para dar pleno cumprimento ao Reino de Deus. Por isso, nós devemos estar vigilantes, atentos, cuidadosos, para que esse dia não nos pegue de surpresa.
A vigilância escatológica, ou seja, a vigilância em vista da segunda vinda de Nosso Senhor tem um sentido pessoal e comunitário. Nós devemos estar com o nosso coração voltado a cumprir a vontade de Deus, ou seja, devemos buscar a conversão pessoal. Contudo, essa conversão não pode ficar apenas no âmbito pessoal, mas deve ser um serviço aos irmãos mais necessitados.
Dentre vários exemplos que Nosso Senhor oferece nesta perícopa, gostaria de citar dois exemplos: “Que vossos rins estejam cingidos [...]”. (cf. Lc. 12, 35). “Quem é o administrador fiel e prudente que o Senhor vai colocar a frente do pessoal de sua casa, para dar comida a todos na hora certa?”. (cf. Lc. 12, 42).
Na época de Nosso Senhor Jesus Cristo, quando os homens iam trabalhar eles amarravam uma corda ou um cinto na cintura para que a túnica não atrapalhasse nos afazeres. Esse é o significado da expressão ‘rins cingidos’. É um símbolo que trás o significado do trabalho em prol dos irmãos. E, o outro exemplo que Nosso Senhor apresenta é do administrador que é aquele que cuida dos demais empregados. Com isso, concluímos que a nossa vida neste mundo deve estar voltada para o cuidado dos nossos irmãos. Quando Nosso Senhor voltar, ou quando formos ao seu encontro de Nosso Senhor através da nossa morte, nós devemos estar num estado de conversão pessoal e de trabalho em prol dos filhos de Deus mais necessitados.
Por isso, queremos pedir neste dia que a nossa vida seja um serviço aos nossos irmãos, e que a nossa vigilância possa fazer do nosso encontro definitivo com Nosso Senhor, um encontro de felicidade perfeita. Amém.